Com ao menos 14 trechos de rodovias interditados, ou parcialmente bloqueados, o setor de transporte de cargas em Minas Gerais tem sofrido para realizar suas operações. Segundo Vander Francisco Costa, presidente da Fetcemg (Federação das Empresas de Transportes de Carga do Estado de Minas Gerais), as regiões atingidas que mais interferem no trabalho dos transportadores são a Zona da Mata e a região metropolitana de Belo Horizonte.


“Estamos gastando mais tempo para fazer o transporte, mais combustível, e muito mais com manutenção dos veículos, pois com tantos trechos interditados, temos que achar alternativas”, explica. A opção acaba sendo transitar em áreas rurais, em estradas de terra com muitos buracos, “o que acaba com as molas, com as rodas. A viagem que antes era feita em um dia está levando dois ou até três dias”, garante. Ele ressalta ainda que a maior perda é a de produtividade.


Sérgio Pedrosa, presidente do Setcemg (Sindicato das Empresas de Transportes de Carga do Estado de Minas Gerais), destaca que o transportador “tem que ficar atento aos deslocamentos extraordinários com impactos nos custos fixos e também nos custos variáveis tais como suspensão, pneus, consumo de óleo diesel, etc. Portanto, se a operação da transportadora foi afetada, deve-se buscar o reajuste para equilíbrio financeiro, sob pena do comprometimento da saúde financeira do negócio".


Há poucos dias, o Ministério dos Transportes anunciou que serão necessários pelo menos R$ 100 milhões para a recuperação das rodovias mineiras. "Não gastaremos menos de R$ 100 milhões para recuperar as rodovias federais mineiras", afirmou, ressaltando que o cálculo é uma estimativa inicial, já que será necessário esperar que as chuvas parem e o nível dos rios baixe. Só então será possível avaliar a real dimensão dos danos e iniciar as obras, disse.