Marco histórico viveu a unidade Mercedes-Benz de Juiz de Fora, Minas Gerais, na terça-feira, 3 de janeiro de 2012. Na data foi iniciada oficialmente a produção em série de caminhões na planta, inaugurada em 1999 para fabricação do modelo Classe A, um automóvel.
O processo de try-out, iniciado em outubro, foi encerrado em dezembro.
De acordo com a fabricante 100% da produção do modelo Accelo, caminhão leve e atual modelo de entrada Mercedes-Benz após a aposentadoria do 710, já foi transferida para Minas Gerais. Antes, o modelo era produzido em São Bernardo do Campo.
Também foi iniciada a produção seriada do caminhão pesado Actros, antes importado completo da Alemanha e agora montado em CKD.
A produção em série iniciada neste 2012 foi resultado de um intenso trabalho da Mercedes-Benz, que durou mais de um ano, para transformar uma fábrica de automóveis para outra bem diferente, de caminhões. Em sua carreira de veículos leves, Juiz de Fora montou cerca de 140 mil automóveis em onze anos de vida, especialmente Classe A e CLC.
O anúncio de que Juiz de Fora – que conviveu por largo período com ampla série de informações de bastidores que apontavam possível venda ou fechamento – produziria caminhões ocorreu em março de 2010.
Uma das ações promovidas pela fabricante foi desenvolver sistema logístico complexo, já que a maior parte dos componentes utilizados em Juiz de Fora ainda vem do ABC Paulista.
Outra iniciativa envolveu o treinamento dos funcionários. Grupo de cinquenta deles passou cerca de um ano na unidade de veículos comerciais da Mercedes-Benz em Wörth, cerca de cem quilômetros de Stuttgart, Alemanha, para vivenciar na prática a fabricação do Actros, enquanto outros 350 eram treinados em São Bernardo do Campo. Esta fase já foi superada por completo, e atualmente os oitocentos trabalhadores atuam em suas novas funções com o conhecimento adquirido e necessário.
Foram investidos cerca de R$ 450 milhões em Juiz de Fora, onde se aproveitaram, basicamente, os prédios construídos. A maior parte dos equipamentos é nova. A área construída cresceu com ampliação da área de montagem final, e agora é de 177 mil m2. Outra novidade foi a integração de sistemistas: Maxion, Seeber e Randon já estão lá.
A previsão para este ano é de produção total de 15 mil unidades de Accelo e Actros, com 96% e 44% de índice de nacionalização, respectivamente.

Fonte: AmoCaminhões.com