Saiba como escolher o pneu correto para o seu caminhão



Sabe-se que os pneus estão entre os principais gastos com a manutenção de caminhões, afinal, são eles os responsáveis por sustentar todo o peso da carga além de tracionar o veículo com segurança. Com elevados valores por unidade, fazer a escolha certa é fundamental para manter o rendimento e a lucratividade do veículo – só um modelo adequado ao tipo de operação garantirá o retorno financeiro.
O primeiro passo para uma escolha correta é utilizar o tamanho recomendado pelo fabricante do caminhão, informado no manual do proprietário. As montadoras e as empresas produtoras de pneus realizam testes constantes, sempre buscando o melhor equilíbrio do veículo, portanto é importante seguir as recomendações. Utilizar pneus ou rodas diferentes altera a harmonia do caminhão, que passa a gastar equipamentos e pneus de forma errada e desigual.
O tipo de aplicação é determinante na escolha do modelo de banda de rolagem mais adequado ao transporte de cargas. A banda é parte do pneu que fica em contato direto com o solo, com desenhos específicos para cada tipo de uso. De acordo com Rogério Urbini, engenheiro de pós-vendas da MAN Latin America, "certas características da operação do veículo são fundamentais, como a geografia do local e o tipo de pavimento".
Dependendo do tipo de estrada, velocidade média e função do veículo, determinado modelo de banda é mais adequada. Entre os tipos estão o rodoviário, regional, urbano, misto e fora de estrada. Urbini dá um exemplo: "na aplicação de mineração, que é considerada severa, além da carga ser sempre elevada, a geografia e o pavimento fazem com que a escolha dos pneus seja tipo off-road. Já na aplicação dos coletores de resíduos (caminhões de lixo), que rodam parte carregados e parte vazios e tanto em vias regulares como irregulares, além de pavimentação com brita, próximo aos lixões, o pneu mais indicado é o de uso misto".
Outro ponto importante a ser observado é a correta distribuição dos pneus com o objetivo de manter o equilíbrio do caminhão. José Carlos Quadrelli, gerente-geral de engenharia de vendas da Bridgestone, explica que existem modelos com aplicação geral em todas as posições (também chamado de All Position), mas também bandas com aplicações específicas para cada eixo (direcionais, tração e carreta). "Por exemplo, pode-se usar pneus All Position nos eixos de tração em ônibus rodoviários, mas para conjuntos cavalo e carreta, que rodam em percursos com grande variação de relevo, seguramente será necessário o uso de pneus de tração no cavalo, para melhor transferência de torque", conta.
O alto preço dos pneus é justificado pela grande capacidade de recapagem. Os modelos de hoje permitem recapagens até que a carcaça seja totalmente inutilizada. Se o veículo estiver bem alinhado, com pneus adequados, a banda de rodagem gasta por igual, mantendo a qualidade da carcaça. Fábio García, gerente de marketing de pneus de caminhões ônibus e recapagem da Goodyear, diz que é preciso respeitar o indicador de desgaste da banda de rodagem, chamado TWI. "Se ele passar do limite – que é de 1,6mm – além de riscos de segurança, ele está suscetível a avarias na carcaça podendo inutilizar o pneu completamente", afirma. Segundo ele, a avaliação da carcaça deve ser feita por um profissional especializado, capaz de determinar se é possível fazer uma nova recapagem.
Fonte: Terra

Carga perigosa: saiba o que é necessário para autorizar o transporte



Gases, explosivos, líquidos e sólidos inflamáveis, corrosivos e materiais radioativos estão na lista de produtos perigosos que, ao serem transportados em rodovias, requerem atenção especial. Não só o motorista deve ser capacitado para efetuar a movimentação da carga, mas o caminhão também precisa passar por procedimentos específicos que verificam sua segurança e atestam sua liberação.
Desde 1988, o decreto nº 96.044 estabelece o regulamento para o transporte de cargas perigosas. Além dessa legislação, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) já aprovou diversas resoluções que tratam do tema. Segundo o gerente de regulação do transporte rodoviário da ANTT, Wilbert Ribeiro, o órgão não exige uma licença específica. Porém, antes de tudo, o transporte rodoviário de cargas depende de inscrição prévia no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Carga (RNTRC).
Além do registro e da habilitação do condutor, o transportador deve providenciar, no Inmetro, o Certificado de Inspeção para o Transporte de Produtos Perigosos (CIPP) e o Certificado de Inspeção Veicular (CIV). A verificação é feita periodicamente por organismos credenciados junto ao Inmetro e certifica os requisitos mínimos de segurança do caminhão. Também é obrigatório portar nota fiscal com as informações do produto, declaração do expedidor sobre o acondicionamento adequado, ficha de emergência e envelope para transporte, emitidos pelo fornecedor e usados em caso de acidentes.
Determinadas substâncias podem exigir licença específica das autoridades responsáveis (agrotóxicos, por exemplo, são regulados pelo Ministério da Agricultura). Se o transporte for interestadual, a empresa ainda precisa estar regularizada no Cadastro Técnico Federal (CTF) e solicitar autorização para cada veículo - independentemente do número de viagens que ele vai realizar, desde que respeitado o prazo de vigência, que é de três meses. No caso de transportadores autônomos, o cadastro deve ser feito como pessoa física. O processo pode ser realizado pelo site da entidade. Já quando o transporte é realizado dentro do mesmo estado, algumas autoridades ambientais estaduais ou municipais podem exigir documentação. Por isso, é importante checar antes de iniciar o carregamento.
Os caminhões que transitam pelas rodovias com esse tipo de produto devem respeitar uma série de normas técnicas, a serem fiscalizadas pelo Inmetro e pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Para cada substância, há embalagens apropriadas para o transporte, reguladas pelo Inmetro de modo a garantir a segurança e diminuir riscos à saúde das pessoas e ao ambiente. Além disso, os veículos devem receber sinalização especial, com rótulo de risco e painel de segurança.
A Resolução ANTT nº. 420/04 é a mais detalhada e estipula cores e dimensões mínimas conforme a classe. Para combustíveis líquidos como a gasolina, por exemplo, o rótulo de risco é vermelho com o símbolo de uma chama e o número 3, referente à classe a que o produto pertence. O painel de segurança, por sua vez, é composto pelo número de risco e pelo número ONU (segundo definição da Organização das Nações Unidas), impressos em cor preta sobre uma placa retangular laranja. A relação completa dos códigos é encontrada no texto da resolução, disponível em:http://www.antt.gov.br/index.php/content/view/1420/Resolucao_420.html.
Equipamentos para situações de emergência também são uma exigência nos veículos que efetuam esse tipo de transporte, sempre levando em conta o tipo do produto. Além disso, deve-se conservar conjuntos de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para uso do condutor e do auxiliar, quando necessário em situações de emergência.
Fonte: Terra

Comil anuncia nova fábrica em Lorena





A fabricante de ônibus Comil investirá R$ 110 milhões na instalação de uma unidade voltada para a produção de veículos urbanos em Lorena, no Vale do Paraíba (SP). O anúncio do investimento, que contou com a presença do governador Geraldo Alckmin, foi realizado nesta terça-feira, 24 de julho, durante a assinatura de um protocolo de intenções entre o diretor geral da empresa, Silvio Calegaro, e o presidente da Investe São Paulo, Luciano Almeida. O evento contou, ainda, com a participação do secretário-adjunto de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado, Luis Carlos Quadrelli, do prefeito de Lorena, Paulo Cesar Neme, e do presidente do conselho de administração da Comil, Deoclécio Corradi.

A fábrica, que vai gerar 500 empregos diretos e mil indiretos, terá capacidade de produção de 20 ônibus urbanos/dia e deverá estar pronta em meados de 2013. Máquinas, equipamentos e capital de giro serão viabilizados com recursos próprios e do BNDES.

Com a nova operação, a Comil vai transferir a produção de ônibus urbanos da unidade de Erechim (RS) para Lorena e elevará em mais de 100% sua capacidade produtiva em relação a esse tipo de veículo. Com a expansão, a empresa estará preparada para absorver o crescimento da demanda por ônibus até 2016, motivada por eventos importantes como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, que demandarão melhorias no transporte de pessoas nas grandes cidades.

A nova fábrica será instalada em um terreno de 210 mil metros quadrados no Vale do Paraíba, às margens da rodovia Presidente Dutra. A qualificação da mão-de-obra local será realizada pela Comil em parceria com o Senai de Lorena. Os cursos serão voltados para a preparação de novos funcionários, possibilitando o desenvolvimento profissional.

Além da Etec do município, que conta com cursos que auxiliarão na qualificação dos profissionais como logística, marketing e segurança do trabalho, o Programa Via Rápida Emprego também oferece para a região, diversas modalidades voltadas aos setores de prestação de serviço, transporte, indústria, comércio e construção civil. “Estão abertas mais de 2 mil vagas para as cidades do Vale do Paraíba, 90 delas em Lorena”, destacou Quadrelli.

Localização privilegiada



      

Uma série de fatores levaram a empresa a definir o investimento em Lorena. O principal deles foi a localização privilegiada do município, próximo aos três principais centros urbanos do Brasil, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, que concentram cerca de 60% do total das aquisições de ônibus para transportar pessoas em cidades. “Precisamos estar mais próximos do centro de negócios do País e dos fabricantes de chassi e dos clientes, a maioria situada nos estados do Sudeste, para termos ganhos logísticos e de competitividade”, afirma Calegaro.

A disponibilidade e qualificação da mão-de-obra local também foram especialmente considerados. Calegaro destaca a eficiência e interesse do governo estadual e da prefeitura de Lorena para atrair o investimento. “O Estado e o município tiveram um papel fundamental na decisão de vir para São Paulo, abrindo portas para uma negociação positiva para a empresa e para a comunidade”, destaca o diretor da Comil.

A Investe São Paulo – Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade – está assessorando a empresa na obtenção da infraestrutura adequada à fábrica e no apoio às demandas tributária e ambiental. Para o presidente da Investe SP, ao escolher Lorena, a Comil exercerá um papel fundamental no desenvolvimento da cidade. “O Vale do Paraíba tem vocação automotiva. Vários municípios da região têm condições de receber um investimento como esse, mas para o Estado é fundamental que cidades com baixo IPRS, como é o caso de Lorena, que possui IPRS 5, recebam novas empresas, gerando emprego e renda para a população”, afirma Almeida.

Elaborado pela Fundação Seade, o Índice Paulista de Responsabilidade Social (IPRS) ordena os 645 municípios do Estado de São Paulo de acordo com três dimensões: renda, escolaridade e longevidade. Os municípios classificados no grupo 5 se caracterizam com baixos níveis de riqueza, longevidade e escolaridade.

Inovação

A unidade da Comil foi planejada para produzir veículos urbanos com alta qualidade
equipada com sistema de manufatura inovador, informa Sílvio Calegaro. “Estudamos este projeto por mais de dois anos. Todos os processos foram otimizados e as possíveis perdas identificadas e eliminadas.” A nova unidade terá em sua linha de produção os modelos urbanos Svelto e Svelto Midi.

Com a transferência da produção de ônibus urbanos para Lorena, a fábrica da empresa em Erechim (RS) terá maior foco na produção de ônibus rodoviários, mercado em que a empresa cresceu 40% somente no ano passado, totalizando 1.798 veículos, e projeta ainda mais evolução a partir do aumento das vendas de todos os ônibus da linha Campione e de lançamentos inovadores. Em janeiro deste ano, A Comil apresentou seu primeiro ônibus rodoviário “double decker”, o Campione DD, destinado ao transporte de passageiros de alto padrão.

Queima de pneus e pedradas contra caminhões são registradas nas rodovias gaúchas nesta quinta

Queima de pneus e pedradas contra caminhões são registradas nas rodovias gaúchas nesta quinta Polícia Rodoviária Federal/divulgação


A Policia Rodoviária Federal (PRF) informou que, no início desta madrugada,foram registrados incidentes envolvendo caminhoneiros. 


Segundo a PRF, houve registro de pedradas em caminhões e de pneus queimados bloqueando a BR-158, próximo a Júlio de Castilhos; e na BR-392, no km 344, em Santa Maria. Ambos bloqueios foram removidos com a ajuda dos bombeiros.

Na BR-392, entre Pelotas e Rio Grande, houve o apedrejamento de caminhões que passavam pelo trecho durante o início de quinta-feira, informou o posto da PRF em Rio Grande. Na mesma rodovia, porém em São Sepé, pelo menos três caminhões também foram apedrejados durante a madrugada.

Os incidentes fizeram a PRF se manifestar via Twitter, informando que "Em Rio Grande e Pelotas alguns motoristas estão parando em postos de serviço para evitar ação dos vândalos que se aproveitam do momento". A situação nas rodovias gaúchas é normal nesta manhã. 

Na quarta-feira, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) divulgou nota informando que mantém negociação com representantes dos caminhoneiros buscando o aperfeiçoamento dos requisitos para inscrição no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas (RNTRC) e das normas relativas ao pagamento eletrônico de frete. 

Quarta-feira

O primeiro bloqueio de rodovias no Rio Grande do Sul, em razão da greve dos caminhoneiros, ocorreu no Km 66 da BR-392, entre Pelotas e Rio Grande. No local, manifestantes interromperam a pista às 10h30min, forçando os motoristas a estacionarem em um posto de combustíveis. Conforme a Polícia Rodoviária Federal (PRF), um caminhão que resistiu em parar teve os pneus furados. 

Por volta das 15h10min até 2h30min, cerca de 80 manifestantes protestaram com gritos e faixas nas margens da BR-116, perto de Cristal, no km 427. Segundo a PRF, em nenhum momento houve bloqueio de faixa. Na madrugada, também foram registradas pedradas contra pelo menos cinco caminhões na rodovia.

Terça-feira

Na noite de terça-feira, foi ateado fogo em pneus na BR-392, na altura do km 67, em Pelotas. Entretanto, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) não encontrou manifestantes no local e a pista foi liberada em seguida.

Greve 

A paralisação, que não tem apoio unânime dos motoristas, era esperada para esta quarta-feira em todo o país. A mobilização teve a aprovação das empresas de transporte, mas a Justiça Federal concedeu uma liminar proibindo bloqueios nas estradas.

Fonte: ZERO HORA

Conheça os caminhões mais clássicos do mercado brasileiro

Que tal uma viagem pelas estradas do passado? Alguns modelos de caminhão fizeram tanto sucesso que permanecem no imaginário até hoje, outros já entraram na maioridade e seguem em pleno funcionamento, solucionando fretes pelo País. Reunimos modelos marcantes para a trajetória de grandes montadoras no Brasil para você relembrar histórias atrás da boleia deles.
Ford F-600
A tradicional linha F da Ford nasceu no Brasil em 1957 com o F-600, um caminhão tipicamente estradeiro para a época. O modelo – com índice de nacionalização de 40% em peso – foi muito usado na construção de Brasília, puxando carga de São Paulo com seu motor V8 a gasolina, de 4,5 litros, que foi usado nos caminhões da marca até 1977. Em 1959, recebeu para-brisa envolvente, com área aumentada em 20%, novo painel de instrumentos e emblemas nas cores verde e amarela. No início da década de 1970, a Ford já tinha vendido 200 mil unidades do modelo, que desde 1964 apresenta 99% de nacionalização em peso.
     
VW 13.130
Em março de 1981, a Volkswagen apresentou seus primeiros modelos semipesados ao mundo: o VW 11.130 e o VW 13.130. A entrada da empresa com veículos próprios no mercado de caminhões obteve sucesso, e o VW 13.130 chegou a ser exportado para a China. O modelo introduziu um sistema de basculamento manual da cabine, acionado por barras de torção, que permitia fácil e rápida manutenção. Mesmo em 1981, o 13.130 apresentava muitos dos padrões dos caminhões VW usados até hoje, como a cabine avançada, que garante maior capacidade de carga, melhor visibilidade e um menor comprimento total. As vantagens em conforto ao motorista também já eram marcantes, com um dos mais completos painéis, proporcionando total visibilidade e fácil leitura da pista; além de excelentes sistemas de ventilação e isolamento termoacústico. O motor também traduzia a robustez do VW 13.130: um MWM D 229.6, especialmente desenvolvido para o veículo, com 130 cavalos de potência.
           
          
Agrale 1600
Logo após o lançamento do TX 1100, em 1982, que marcou o ingresso da Agrale no setor de veículos e principalmente no segmento de caminhões leves, foi lançado o Agrale 1600. Destinado ao transporte urbano, com rodados traseiros simples e duplo e em modelos a diesel ou álcool, foi sucesso de público. Com capacidade de carga útil, mais carroceria, entre 2.160 kg e 2.300 kg, o caminhão levou a marca até a Argentina, onde a companhia chegou a ter 25% de participação no mercado no final dos anos 1990.

            


Mercedes-Benz 710

A confiabilidade e a durabilidade do Mercedes-Benz 710 é comprovada em números. A história começou com o 608 D, em 1972, passando por várias atualizações, subindo para 708 em 1987 e recebendo uma cabine reestilizada um ano depois, ganhando o design conhecido até hoje. O nome 710 voltou em 1996, por conta do motor turboalimentado – sempre reconhecido pelo torque - e o modelo manteve-se por diversos anos entre os caminhões mais vendidos do Brasil. O Mercedinho, como também é conhecido, encerrou seus 40 anos de história há 10 anos, chegando a aproximadamente 185 mil unidades vendidas desde os primeiros modelos, na década de 1970.
            
Scania 113
O caminhão da Scania mais vendido e figura onipresente das estradas brasileiras foi o modelo T113, comercializado entre 1991 e 1998. Com um total de 26.398 unidades vendidas, a evolução do T112 era oferecida nas versões simples ou leito, com diversos opcionais. Com a linha T, a marca lançou o conceito de fabricação do caminhão “sob encomenda”, buscando oferecer produtos adequados às necessidades dos clientes. O T113 foi o caminhão pesado mais potente da época, com o torque inconfundível do motor Scania 11 litros de 360 cavalos. Outro diferencial deste clássico era a estreia da versão Top Line para a cabine, a mais luxuosa do período.
             
Volvo FH
O caminhão FH é uma lenda viva. A Volvo lançou o modelo em 1994, mesmo ano que chegou ao mercado europeu. O caminhão conquistou o transportador brasileiro pelo baixo consumo de combustível, pela boa produtividade e pelo alto grau de tecnologia embarcada. Foi o primeiro caminhão totalmente eletrônico e sem bomba injetora comercializado no Brasil, além de possuir a maior cabine e a opção de uma e duas camas. A produção brasileira começou em 1998 na fábrica de Curitiba e desde então o veículo conquistou o mercado. Em 2011, o modelo FH 440 cavalos foi o caminhão pesado mais vendido pelo terceiro ano consecutivo.
                      
Iveco Stralis 380 HD
A linha que mais vendeu do modelo Stralis, da Iveco, foi o 380 HD, de 2004 – que inclusive marcou a entrada do caminhão via importação no Brasil. Foram comercializados mais de 6.100 Stralis 380 HD no Brasil durante o período de 2004 a 2009. O destaque do 380 HD é o motor eletrônico denominado Cursor 13, com 4 válvulas em cada um dos 6 cilindros e 380 cv e de potência entre 1500 e 1900 rpm. O modelo foi eleito caminhão do ano na Europa, em 2003. A linha segue sua evolução até hoje, com o Stralis AS, entre os mais luxuosos extrapesados do mercado.
          
Fonte: Terra

Sinotruk traz linha Premium de caminhões ao Brasil

A Sinotruk, marca da montadora chinesa CNHTC (China National Heavy Truck Company), chegou ao Brasil em 2010 e, desde então, já vendei cerca de 1540 unidades de seus caminhões da linha Howo, a primeira que a empresa trouxe ao País.
Desde então, a confiança dos chineses no potencial do mercado brasileiro de veículos comerciais tem gerado uma série de ações para firmar a marca por aqui, a principal delas o anúncio da construção de uma fábrica na cidade catarinense de Lages. Nesta semana, a Sinotruk deu mais um passo em direção à conquista do mercado brasileiro e lançou oficialmente sua linha Premium de caminhões, a família A7.
Antes de começar sua produção no Brasil, a empresa, por meio de sua representante no Brasil, está importando 2 mil unidades, sendo 1,6 mil da nova família, que chega ao mercado brasileiro oferecendo caminhões pesados e extrapesados em diversas configurações.
A família A7 conta com motorização Sinotruk de 12 litros, com potências e configurações de eixos e tração diferenciadas. A versão 4×2 vem equipada com motor de 380 cavalos, a 6×2, com propulsor de 420 cavalos e a 6×4, com 460 cavalos, estes últimos na categoria extrapesado.
O motor D12 de seis cilindros que equipa todos os modelos da família atende às normas de emissões Euro 5 e Proconve P7 por meio do sistema SCR, de redução catalítica seletiva, que demanda o uso do agente redutor Arla 32.
Segundo o diretor geral da Sinotruk no Brasil, Joel Anderson, a montadora chinesa tem grande tradição na produção de veículos comerciais. “A Sinotruk é uma empresa que produziu 220 caminhões no último ano. Criada em 1935, a montadora gera 23 mil empregos na China, sendo destes 3,5 mil engenheiros. Neste momento, a estratégia da Sinotruk no Brasil é a consolidação da marca e o desenvolvimento de nossa rede de atendimento”, disse o executivo no lançamento, realizado em Mogi das Cruzes (SP).
“A família A7 é composta por modelos com aplicação rodoviária e segue todas as tendências do mercado brasileiro, como o câmbio automatizado e opções de conforto para o motorista. Atualmente, o perfil de clientes da marca Sinotruk é formado, primordialmente, por pequenos empresários e transportadores autônomos”, contou Joel.
Os novos caminhões A7 da Sinotruk vêm de fábrica com três versões de câmbio: manual, com 12 ou 16 velocidades, ou automatizado, com 16 velocidades. Os chineses apostam na robustez e no baixo custo de manutenção dos veículos para se consolidar no mercado brasileiro, além do preço diferenciado.
Preço
Segundo os executivos da Sinotruk, os caminhões A7 chegam ao Brasil com preço sugerido de R$ 270 mil para o modelo de entrada, o cavalo mecânico 4×2. A versão 6×2 tem preço estimado em R$ 310 mil e o modelo top de linha, com tração 6×4, custa R$ 340 mil. Os veículos passam a ser vendidos na rede de concessionários Sinotruk no Brasil a partir de 1º de setembro. Em novembro, a marca também disponibilizará no mercado as versões de chassis rígido com tração 6×4 e 8×4, para aplicações severas.
Fábrica no Brasil
Anunciada em abril, a fábrica da Sinotruk no Brasil está prevista para ser construída na cidade de Lages, em Santa Catarina. O projeto prevê investimentos da ordem de R$ 300 milhões somente na implementação da estrutura de produção, com capital 76% nacional e 24% vindo da China. “Nossa fábrica no Brasil vai atender todo o mercado sul-americano, que já conhece a marca Sinotruk, principalmente na Venezuela”, diz Joel Anderson.
O diretor da empresa conta que a fábrica vai gerar cerca de 1.100 novos empregos e terá capacidade de produzir 5 mil caminhões no primeiro ano e 8 mil nos anos seguintes. O executivo conta que a previsão é nacionalizar 65% dos componentes e que a empresa já conversa com fornecedores brasileiros de partes e peças para integrar o consórcio de produção, que tem previsão para começar montar os primeiros caminhões, em regime CKD, a partir de janeiro de 2014.

Scania supera 25 mil inscritos na 4ª edição do “Melhor Motorista de Caminhão do Brasil”

A Scania, organizadora da 4ª edição da competição “Melhor Motorista de Caminhão do Brasil”, já registrou mais de 25 mil inscrições para a disputa que tem por objetivo avaliar as habilidades dos condutores brasileiros, valorizar o profissional e promover uma direção que alie eficiência a redução de emissão de poluentes.
Comparado ao mesmo período de inscrições das três edições anteriores, a Scania aumentou em 20% o número de participantes. Um dos fatores determinante para esse crescimento foi a parceria de empresas de logística como Coopercarga, JSL e TNT, que estão desenvolvendo ações para incentivar seus motoristas a efetuar o cadastro.
A última edição, realizada em 2010, teve 28 mil cadastrados, mas com o volume maior de interessados deste ano a expectativa da Scania é atingir a marca de 30 mil participantes.
“Pela primeira vez, atuamos em parceria com grandes transportadoras para incentivar seus motoristas a ingressar na competição, o que é um avanço para o setor de transporte”, explica Roberto Leoncini, diretor-geral da Scania no Brasil. “Um motorista valorizado e qualificado pode gerar uma economia de combustível de até 10% – um dado valoroso num mercado que trabalha com margens bem apertadas de rentabilidade.”
As inscrições para o MMCB foram iniciadas no dia 8 de maio e serão aceitas até 26 de julho. A lista completa de locais para realizar a inscrição e as demais informações sobre a competição podem ser encontradas no site: www.melhormotorista.com.br

Fábrica da Iveco terá condomínio de fornecedores em oito meses

O condomínio de fornecedores ao lado da fábrica de caminhões da Iveco, em Sete Lagoas (MG), começou a sair do papel. A Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig), órgão do governo mineiro, proprietário do terreno e que comercializará os lotes às empresas interessadas, deu início às obras de infraestrutura do empreendimento, que ocupa uma área de 156 mil m2 às margens da rodovia MG-060.
Parte desta área, 95 mil m2 será dedicada à área industrial e, o restante, será ocupado pelo sistema viário, área verde, área de equipamentos comunitários e urbanos (ilha ecológica e tecnológica).
A Codemig concluiu a fase de licitação do projeto e autorizou a Construtora LAMAR, de Belo Horizonte, a operar as primeiras máquinas de movimentação de terra no local. As obras seguem padrões ambientais determinados pela Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM).
O prazo previsto para a terraplanagem, abertura de ruas e implantação de rede elétrica, água e esgoto é de aproximadamente oito meses, e exigirá investimentos na ordem de R$ 9 milhões. Os galpões para as instalações dos fornecedores poderão começar a ser construídos antes do término das obras de base. “Isso significa que as atividades dos fornecedores podem iniciar já em meados de 2013”, disse Gustavo Comparato, diretor de Compras da Iveco.
O condomínio de fornecedores deverá receber, numa primeira etapa, 12 empresas, e a expectativa é que elas possam gerar até 400 empregos diretos. A Iveco emprega hoje 2.500 pessoas.
Com o condomínio de fornecedores, a Iveco quer se beneficiar da racionalização de seu sistema logístico. Hoje, a empresa recebe componentes de diversos Estados brasileiros. Alguns conjuntos são montados pela própria Iveco e só depois instalados nos veículos nas linhas de montagem. A ideia é que estes conjuntos sejam montados dentro do condomínio e que a Iveco já os receba acabados. É o caso dos eixos, que já vêm montados de fora de Minas Gerais. Se os componentes destes eixos viessem desmontados, seriam necessários menos caminhões para transportá-los.
As primeiras 12 empresas a se instalarem nesta nova área industrial em Sete Lagoas serão responsáveis pela montagem e entrega à Iveco, em sistema just in time, de componentes como chassis, eixos dianteiros, eixos traseiros, pintura em peças plásticas, montagem de pneus, etc. A montadora ainda pretende contar, entre as empresas ali instaladas, com um fornecedor de serviços de manutenção industrial.
Outra possibilidade é um “mode center”, isto é, um fornecedor que possa adaptar veículos às necessidades especiais de alguns clientes. “Hoje os clientes precisam de caminhões muito específicos e alguns deles poderiam ser finalizados por uma empresa externa, especializada, mas próxima o bastante da Iveco para podermos agilizar e controlar a qualidade desta operação”, afirma Comparato.

Campo Grande debate regulamentação do motorista





Tema que tem preocupado todo o setor de transportes rodoviários, a nova lei 12.619/2012 que regulamenta o exercício da profissão de motorista será debatida pela Sascar, empresa especializada em soluções de rastreamento para o segmento de logística e transporte, durante a 8ª edição do Fórum de Debates NTC, em Campo Grande, na quinta-feira, 12 de julho. O evento é organizado pela Comjovem e NTC&Logística e será no Novotel Campo Grande, das 13h às 19h.

O fórum terá dois painéis, onde os convidados vão abordar temas relacionados a gestão de custos e aumento da produtividade, além da nova regulamentação da profissão de motorista. A empresa também vai apresentar o Sascar Tempo de Direção, produto que auxilia os gestores de frotas no controle da jornada dos motoristas conforme orienta a nova regulamentação dos motoristas.

O sistema, além de apresentar relatórios detalhados sobre a condução do motorista, aponta também as infrações cometidas, distância percorrida e número de horas descansadas. Essa solução provém informações detalhadas inclusive de velocidade no seco e chuva, freqüência de banguela e de freadas e arrancada bruscas, até excesso de RPM.

Para os próximos três anos, a Sascar tem um plano de negócios com previsão de investimentos superiores a R$ 150 milhões. A maior parte do valor será destinada à compra de equipamentos a serem cedidos em comodato aos usuários das soluções. Adicionalmente, cerca de R$ 25 milhões serão gastos no desenvolvimento de uma plataforma de TI e novas soluções. Outros R$ 15 milhões serão direcionados ao aprimoramento do atendimento ao cliente.



Fonte: Revista Caminhoneiro

Rede Dicave/Volvo inaugura nova concessionária em Santa Catarina

O Grupo Dicave, concessionária de caminhões e ônibus Volvo, inaugura hoje (6 de julho), uma nova unidade em Caçador, interior da Santa Catarina.
A Dicave Caçador está localizada às margens da rodovia SC 302, que faz ligação com a BR 116 e a BR 153. A rodovia é um importante corredor de transporte e serve de escoamento para toda a produção industrial e agropecuária da região. “Além de atender aos motoristas de passagem, temos muitos clientes na região, que serão atendidos com mais comodidade e eficiência”, destaca Lourival Fiedler, do conselho diretor do Grupo Dicave.
Instalada em um terreno de 12.000 m2, com 2.800 m2 de área construída, a estrutura é composta por 11 boxes de atendimento e um pit stop para serviços rápidos, salas de treinamento, alojamento para doze pessoas e refeitório, onde é servido café da manhã aos motoristas.
Esta é a 10ª concessionária da Dicave/Volvo em Santa Catarina. A Dicave atua no mercado catarinense desde 1979 e possui revendas distribuídas em todo o Estado: Itajaí, Araquari (Joinville), Içara (Criciúma), Rio do Sul, Lages, Videira, Concórdia, Chapecó e Mafra.

Iveco entrega Daily GNV para testes de combustíveis alternativos

A Iveco entregou para a Patrus Transportes, um utilitário Daily Furgão GNV 35S14G marcando o início de um programa para o desenvolvimento do uso de combustíveis alternativos, que será realizado por uma parceria da BHTrans (empresa de transporte e trânsito de Belo Horizonte), Universidade Federal de Minas Gerais, Fetemg/Setcemg e a Gasmig.
O acordo faz parte do projeto LOG/BHda BHTrans, que trata da logística urbana de Belo Horizonte e tem como uma de suas premissas a melhoria da mobilidade e da qualidade do trânsito da capital, principalmente no que diz respeito à entregas urbanas. Para isso, a UFMG, por meio do Núcleo de Transporte da Escola de Engenharia (Nucletrans), está desenvolvendo uma pesquisa que medirá o desempenho, o consumo de combustível, a resistência e a performance do Iveco Daily, com o uso do gás natural, nesta função.
“Será um teste de grande importância para a Iveco e a Patrus contribuirá para esse feedback, pois dentro da pesquisa, a transportadora apresentou todas as características necessárias para participar do teste”, disse Lúcio Bicalho, diretor de Qualidade e Satisfação ao Cliente da Iveco. A expectativa é que a Patrus realize 50 entregas por dia em Belo Horizonte, e atenda clientes que já possuem iniciativas sustentáveis como a Natura, DHL, BIC, Mercur, entre outros.
A pesquisa terá duração de 12 meses e, ao longo deste ano, a Iveco cederá outros veículos para testes. “A Iveco está um passo à frente no desenvolvimento e na aplicação de tecnologias voltadas para o uso de combustíveis limpos ou renováveis no mundo. Por isso, não poderia deixar de apoiar uma iniciativa que visa a preservação ambiental”, concluiu Lúcio Bicalho.

Conheça os riscos de conduzir caminhões na chuva e aprenda a evitá-los



Nada como uma chuva forte para colocar as habilidades de um motorista em teste, ainda mais se ele estiver conduzindo um caminhão carregado. A menor visibilidade – e os limpadores de para-brisa ajudando a desviar a atenção – exige concentração e boa capacidade de reação.
Entre os principais problemas da água no asfalto, está a diminuição do coeficiente de atrito entre os pneus e a pista. Os primeiros 10 minutos são ainda mais perigosos, pois a água se mistura com a sujeira da estrada, como resíduos carbônicos e de óleo, pó de borracha, poeira, entre outros, formando uma camada escorregadia. Segundo o engenheiro Mauri Panitz, perito em segurança no trânsito, o coeficiente de atrito em condições normais é de 0,6, cai para 0,4 quando a chuva já lavou a pista e fica em 0,2 quando a chuva ainda está nos primeiros minutos. Quanto menor o coeficiente, menor o atrito com o asfalto, facilitando derrapagens.
Para os caminhões, um dos principais riscos é o efeito L (também conhecido como jacknifing), quando o condutor perde o controle do trem de força e o semirreboque se projeta à frente. “Dependendo da velocidade, das ações do motorista, se ele fizer uma mudança brusca de direção, ou passar por um solavanco numa deformação da rodovia, ele perde aderência e quando vai tentar recuperar, não a encontra, pois a pista está ‘lubrificada’ com água e sujeira. Pior ainda se ele utilizar o freio, pois não haverá o trabalho mecânico de atrito em função da falta de aderência”, explica Panitz.
Outra situação comum e perigosa é a hidroplanagem, também conhecida como aquaplanagem. Ela acontece quando a camada de água sobre a pista é muito espessa fazendo os pneus perderem contato com o asfalto e deslizarem na água. Júlio Cesar Zingalli, instrutor de direção defensiva do Centronor, alerta para a importância de reduzir a velocidade nesses casos, manter boa distância dos demais veículos e dá uma dica: “ao olhar pelo retrovisor, se o motorista não enxergar o rastro de água saindo dos pneus, é preciso diminuir mais a velocidade, pois há grande risco de aquaplanagem”.
Confira outras dicas sugeridas pelo engenheiro Panitz e pelo instrutor Zingalli:
1. Diminua a velocidade, pois há perda de visibilidade, o coeficiente de atrito diminui e há perigo de derrapagens e hidroplanagem;
2. Mantenha distância de pelo menos 10 metros do veículo da frente;
3. Acenda o farol baixo durante o dia. Aumenta a visibilidade e alerta veículos de trás;
4. Ligue o desembaçador traseiro;
5. Evite freadas bruscas e não faça manobras perigosas;
6. Mantenha as borrachas dos limpadores de para-brisa em dia;
7. Pare em local seguro se a chuva estiver muito forte;
8. Não use as mãos para limpar vidros embaçados, pois eles ficarão engordurados. Utilize um pano apropriado, se possível com detergente neutro;
9. Ligue o ar-condicionado ou ventilador do caminhão e mantenha uma fresta da janela aberta para circular o ar. Se os vidros já estiverem embaçados, use ar quente;
10. Jamais faça ultrapassagens;
11. Procure rodar com a pressão adequada nos pneus;
12. Mantenha a velocidade constante, sem fortes acelerações ou freadas bruscas.

Fonte: Terra

Sinotruk terá 8x4

Sinotruk Howo A7 8x4




Com previsão de chegada ao mercado a partir de setembro, o novo Howo A7 8x4 pode abrir novas frentes de mercado ao negócio Sinotruk. Equipado com motor de 12 litros com 420 cv, o caminhão já vem equipado com uma reforçada caçamba, favorecendo o custo-benefício dos clientes. A cabine, curta e teto baixo, segue a linha do A7. Comparada com a linha F da Volvo, na qual o design se baseia, a cabine do 8x4 seria equivalente ao de um FM. 

Os caminhões Sinotruk A7 devem incorporar um eixo traseiro com diferencial originário da MAN, nova parceira da marca chinesa. Embora não haja outras confirmações, é bastante possível que os produtos Sinotruk comecem a incorporar progressivamente componentes MAN. O último passo desse processo seria uma cabine com mais características da marca alemã, porém não é coisa que possa ocorrer de imediato.

Projeto reduz Imposto de Renda do transportador autônomo de cargas

A Câmara dos Deputados iniciou a análise do Projeto de Lei 3072/11, que estipula em 20% o percentual para a base de cálculo do imposto de renda pessoa física sobre o rendimento bruto do transportador autônomo de cargas.
Esse percentual é o mesmo aplicado na legislação previdenciária, e a ideia do projeto  deputado Aguinaldo Ribeiro (PB) é estabelecer o equilíbrio entre as contribuições.
O deputado explica que a legislação previdenciária define como salário de contribuição do transportador autônomo de cargas o valor correspondente a 20% do rendimento bruto.
Porém, para apuração da base de cálculo do Imposto de Renda, as normas tributárias estabelecem como parâmetro o montante de 40%, aplicado sobre as mesmas receitas. Ou seja, a quantia considerada rendimento, para efeito do imposto, é equivalente ao dobro da considerada no cálculo da contribuição previdenciária.
Aguinaldo Ribeiro argumenta que não há razões para essa diferenciação. “Na tributação do trabalho assalariado, é comum que a base de cálculo do imposto seja menor do que a da contribuição, mas isso ocorre porque o valor da contribuição previdenciária não integra os rendimentos para apuração do imposto de renda.”
O deputado menciona estudos que demonstram que os valores médios do mercado de frete, deduzidos das despesas operacionais e da depreciação dos investimentos, ficam abaixo, até mesmo, dos montantes apurados para a incidência da contribuição previdenciária. “Assim, esta proposta apenas minimiza a tributação excessiva aplicada pela administração tributária a esses trabalhadores”, diz o parlamentar.

Conheça o trabalho de um master driver de montadora



Rogério Matheus faz parte de um grupo seleto de supermotoristas. Ele é um dos master drivers da Scania, responsável por testar os produtos da montadora até o limite e passar esse conhecimento aos clientes. Como o próprio diz, para chegar a essa posição, “não basta dirigir bem, é preciso ter diesel correndo nas veias”.
O envolvimento de Rogério com caminhões começou cedo. Ainda criança, aos nove anos, já ajudava o pai a arrumar carros antigos. Aos 10, trabalhava como lavador de peças em uma oficina, onde passou a agregar conhecimento sobre mecânica. Mesmo infringindo as leis – e faz questão de dizer que não se orgulha desse fato em sua biografia –, dirigiu o primeiro caminhão aos 15 anos, um antigo modelo Alfa Romeo.
Sempre interessado em direção, mecânica e modelos de caminhões, Rogério passou a trabalhar como carreteiro no fim da década de 1970, “puxando adubo de Santos (SP) para Uberaba (MG), Uberlândia (MG) e região”. O ingresso na Scania foi como mecânico, atuando na revisão final de caminhões.
O conhecimento mecânico e, principalmente, dos modelos e seus detalhes o levou ao setor de demonstração de veículos, onde acompanhou a trajetória da marca desde o clássico modelo 111, popularmente conhecido como “jacaré”. A infinidade de cursos de formação e reciclagem, somados à dedicação para aperfeiçoar-se, colocaram Rogério entre o seleto grupo de master drivers da montadora.
Eventos, demonstrações e aulas
A atuação do grupo - atualmente formado por cinco motoristas - é focada em eventos e demonstrações, onde também ministram aulas teóricas e práticas, passando as capacidades dos caminhões aos clientes da montadora. Rogério conta que esse contato não é simples. “Precisamos nos igualar ao jeito deles, mostrar que no fundo fazemos a mesma coisa. Ainda é uma barreira difícil para muitos dos antigos, que têm bastante experiência, aprender coisas novas. Ele pode ser conhecedor da estrada, mas isso não é garantia de emprego. Se não se aperfeiçoar, a aposentadoria chega mais rápido”, conta.

Com a inovação e tecnologia dos novos modelos, reciclar-se é imprescindível. Os sistemas mudam e se uma transportadora resolve renovar a frota, cabe aos funcionários estar preparados para encarar uma boleia com cheiro de novo. “Há uma grande diferença entre ter carta de habilitação e ser motorista profissional. Em primeiro lugar, é preciso responsabilidade, escolher ser um profissional do volante, e aí estudar bastante, ter conhecimento mecânico, das estradas, de cargas perigosas, do tipo de implemento a ser carregado, e assim por diante”, ressalta.
Rogério conta que as palestras para grupos de motoristas são sempre recheadas de perguntas e é preciso responder prontamente para não perder a credibilidade. “Precisa estar tudo na ponta da língua, inclusive informações dos produtos da concorrência. Mas também temos que manter a humildade, estamos sempre aprendendo coisas novas”, lembra.
Fonte: Terra

Cinco músicas inesquecíveis para os caminhoneiros



Nada como algumas canções para alentar a solidão do caminhoneiro. Horas na estrada, a boleia à frente e as curvas traçando os milhares de quilômetros de asfalto ficam mais instigantes na companhia de uma voz amiga, de alguém que canta as mesmas angústias do motorista. Vários artistas brasileiros conseguiram traduzir esses sentimentos e embalaram sucessos históricos para a categoria. Selecionamos cinco delas, capazes de reviver memórias e dignas de uma trilha sonora para uma viagem mais prazerosa.
01 – Roberto Carlos – Caminhoneiro
A parceria entre Roberto Carlos e Erasmo Carlos foi longe nesse clássico, recheado de versos de efeito como: “Quando chove o limpador desliza/Vai e vem o para-brisa/ Bate igual meu coração” e “É no acostamento dos seus braços/Que eu desligo meu cansaço/E me abasteço desse mel”. A música rendeu LP e um especial para a televisão, veiculado no final de 1984, com o “Rei” dirigindo um Mercedes-Benz 1929. O especial ganhou nova versão em 1995, com Roberto pilotando um Scania 113H Topline azul e em 2004, com um Scania 112H, que ele encontra Pedro e Bino do seriado Carga Pesada em um restaurante de estrada.

02 – Sula Miranda – Caminhoneiro do Amor
A “rainha dos caminhoneiros” Sula Miranda marcou época com a canção Caminhoneiro do Amor, do compositor Joel Marques, em seu LP de estreia, em 1986. Segunda a cantora, essa foi a música que a aproximou para sempre dos caminhoneiros. Sula cantava a vida da esposa do motorista, em versos como: “Quando chega é sempre aquela festa tudo o que nos resta é tempo de amar/ Na alegria de sua chegada eu sou mais uma estrada pra ele trafegar/ E nas curvas da felicidade a nossa saudade é coisa que passou/ E me leva o meu caminhoneiro pelos sorrateiros caminhos do amor”.



03 – Renato Teixeira – Frete

O compositor paulista é um dos grandes defensores da música caipira e tocou profundamente os caminhoneiros com essa canção, tema da abertura do seriado Carga Pesada, da TV Globo. Emocionante tanto pela letra quanto pelo belo arranjo, mais tarde a música foi também sucesso na voz de Chitãozinho & Xororó. O destaque fica para o refrão: “Eu conheço todos os sotaques/ desse povo todas as paisagens/ Dessa terra todas as cidades/ das mulheres todas as vontades/ Eu conheço as minhas liberdades/ pois a vida não me cobra o frete”.


04 – Sérgio Reis – Carga Pesada
Poucos sabem disso, mas esse clássico eternizado na voz de Sérgio Reis foi composto pelo hoje escritor Paulo Coelho, em parceria com Zé Rodrix. O verso inicial da canção já esteve escrito no lameiro de muitos caminhões pelas estradas brasileiras: “Seis pneus cheios e um coração vazio”. Além de tudo, abria o jogo de forma sincera: “Êta malvada sina de carreteiro/ Onde tudo na vida é passageiro/ Tanta mulher encontro nesse sertão/ Mas durmo mesmo é dentro do caminhão”.


Link do sonora: http://sonora.terra.com.br/Music/294248/carga_pesada
05 – Milionário e José Rico – Sonho de um caminhoneiro

Um tanto mais dramática que as músicas acima, Sonho de caminhoneiro, composta por Nil Bernardes e Chico Valente, conta a história de dois amigos caminhoneiros que buscam pagar em dia a prestação, para realizar o sonho de passar de empregado a patrão. Mas um acidente acontece e um deles, que seria pai, não poderá conhecer o filho. Uma canção com carga pesada de emoção, como fica provado na seguinte estrofe: “Mas o destino cruel e traiçoeiro marcou a hora e o lugar/ A chuva fina e a pista molhada com uma carreta foram se chocar/ Mas como todos tem a sua sina, um a morte não levou e agonizante nos braços do amigo disse: ‘vá conhecer meu filho, porque eu não vou’".


Fonte: Terra