Os motoristas de caminhões que trafegam pelas vias paulistas estão enfrentando problemas com o roubo de cargas. Até o momento, os prejuízos causados com estes delitos somam R$ 148,976 milhões, um volume 6,5% maior que o registrado no mesmo espaço de tempo do ano passado.
No entanto, se o prejuízo dos caminhoneiros é maior, o número de ocorrências é 8,28% menor no primeiro semestre deste ano em relação a igual período de 2010. Os números são do balanço realizado pela Fetcesp (Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado de São Paulo) e do Setcesp (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do Estado de São Paulo), baseado nos dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública.
Roberto Mira, vice-presidente do Sindicato, explica as razões deste contraponto entre um maior prejuízo e menor números de ocorrências. “Nós tínhamos um volume muito grande de pequenos roubos na região da 25 de março. Reiteramos, assim, pedidos à Secretaria da Segurança para reforçar as ações no local, o que reduziu muito a quantidade de eventos. No entanto, aumentaram os grandes roubos em Campinas, Araraquara, na Bandeirante, entre outras. Estamos fazendo reuniões com todas as polícias para buscar alternativas de como combater o roubo naquela região”, relatou.
O executivo informa que algumas ações estão sendo realizadas para combater a criminalidade. Entre estas medidas está a reativação do programa Pró-Carga, que consiste em organizar todas as polícias e também a sociedade civil para prevenir o roubo de mercadoria dos caminhões. De acordo com Mira, algumas das iniciativas já deram resultados positivos. “De quatro delegacias especializadas em roubo de cargas, passamos a contar com 22 em todo o Brasil”, celebra.
O balanço, divulgados pelas entidades, aponta que janeiro foi o mês com maior quantidade de roubos, ao todo 693 ações criminosas. Em fevereiro, este índice foi de 591, nos meses restantes o volume variou entre 500 e 525 delitos. A maior parte das ocorrências aconteceu na capital, com 51,61% dos casos, a região metropolitana respondeu por 17,25%, rodovias ficaram com 21,97% e o interior com 9,15%.
Na cidade de São Paulo, a Zona Leste é onde acontece o maior número de roubos com 31,79% das ocorrências, em seguida aparecem Zona Norte com 27,97%, Zona Sul, 25,48%, Zona Oeste, 9,49%, e o Centro com 5,27% das ocorrências. O período do dia mais perigoso para o transporte de mercadorias fica entre às 8h e às 16h, quando ocorre 61,46% dos delitos. As cargas mais visadas são eletroeletrônicos, carga fracionada, produtos alimentícios, metalúrgicos e têxteis.
Fonte: iCaminhões