A linha de montagem do caminhão leve Bongo K2500 da Kia no Uruguai completou um ano de operações. Desde agosto do ano passado, a montadora produziu cinco mil unidades, destes, 4.680 foram exportados ao mercado brasileiro e o restante absorvido pelos uruguaios. No entanto, a capacidade nominal é de 12 mil em dois turnos de trabalhos.
Na época da inauguração, como justificativa para investir US$ 25 milhões na planta e, posteriormente, trazer o modelo para o Brasil, José Luiz Gandini, presidente da Kia Motors Brasil e Uruguay, apontava aumento da demanda interna para atender as legislações quanto à circulação de caminhões médios e pesados que começava a ficar mais rigorosa nas metrópoles.
Agora, em comemoração ao feito, a empresa levou um grupo de jornalistas especializados para os quais revelou os planos futuros para a linha, montada na planta fabril da Nordex S.A, na capital do país – Montevidéu.
No primeiro ano, a média mensal foi de 416 caminhões leves Bongo, destinados aos mercados brasileiro e uruguaio, já com o cumprimento do “Programa de Integração Progressiva do Mercosul”. O primeiro lote, com 500 unidades, saiu da linha de produção em setembro passado.
A partir de julho último, porém, a fabricação subiu para 700 unidades, que significam 32 veículos por dia ou ainda quatro veículos por hora. De acordo com a empresa, a meta é dobrar a produção, atingindo 1.400 por mês no segundo semestre de 2012.
“Iniciamos nossas operações industriais com quatro fornecedores brasileiros e seis uruguaios e argentinos, além de 80 funcionários. Já na virada do ano, passamos a ter 17 empresas fornecedoras, sendo sete do Brasil, cinco do Uruguai e cinco da Argentina. E, neste momento, contamos com aproximadamente 180 funcionários dedicados ao nosso projeto”, explica João Pessoa, diretor de desenvolvimento industrial da Kia Motors Brasil e Uruguay.
Pessoa lembra que para cumprir a estimativa de produção do próximo ano, superior a um mil unidades por mês, a KMU deverá operar em dois turnos e o contingente na linha de fabricação deverá subir para aproximadamente 250 funcionários.
“Depois de todas as adaptações feitas ao longo do primeiro ano”, explica Pessoa, “neste segundo exercício, vamos agregar uma série de processos, de novos equipamentos, tornando a linha de produção mais ágil, além de investir em novos motores de cumprimento à legislação
do Euro 5/Proconve P7”.
Único modelo
Por enquanto, o Bongo K2500 é o único produto da linha Bongo a ser produzida no Uruguai. Segundo os propósitos da montadora, o modelo é o mais vendido no país e no Brasil. A empresa continuará importando as outras sete versões da linha. A iniciativa, porém, não tornará o preço do Bongo K2500 mais competitivo. Por enquanto, o modelo terá 47% de nacionalização; a empresa pretende aumentar o índice para 60% em três anos.
“Com a elevação da produção mensal superior a mil unidades, na segunda fase de produção do Bongo, a partir do próximo ano, vislumbramos alcançar os mercados argentino e paraguaio”, destacou Gandini.
Fonte: iCaminhões